Os discursos do meu olhar *

terça-feira, 12 de julho de 2011

Toda vez que me sento para escrever pra você, é a mesma história: as palavras somem!
Bandidas, fugitivas e criminosas. E por mais palavras que existam, não encontro aquelas que eu gostaria de te dizer. Muito menos as que devia. Só sei das que não quero dizer, essas eu prefiro esquecer. Viu só? Consigo até rimar, mas não consigo te explicar o que acontece. Não entendo essa tremedeira nas pernas quando você chega perto sem dizer nada. E justo você, que fala tanto sobre tantas coisas. Você fala até mesmo através do silêncio. Não sei como você faz isso, mas eu acabo entendendo tudo. Queria ser como você, mas só de pensar, engasgo. Seriam tantas palavras, que eu me cansaria antes mesmo de começar a falar. E por isso me calo. 
Sabe? Tem coisas que eu não admito. Tem coisas que eu não permito. Eu não "me" permito. 
E é assim que é. Assim que foi. As coisas simplesmente são, e eu não preciso ter o que dizer sobre isso.
Porque tem coisas que nunca vou saber dizer. Ou talvez não queira. Mas na maioria das vezes, não sei mesmo.
Então eu te pergunto: já não ficou óbvio que te amo?
Então pra que essa incerteza? Você ainda me deixa do lado de fora, batendo na porta e numa noite fria como essas...
Já reparei na tua silhueta escondida atrás da cortina, me olhando da janela. Já ouvi tua respiração enquanto me observas imóvel, pelo olho mágico enquanto desisto de te chamar e vou embora. 
Eu acho que é maldade! 
Porque você não me deixa entrar? Me serve um café forte e quente e me deixa silenciar em teus lábios as palavras que não sei dizer. 
Se já ficou claro nosso pacto, se já sabes dos meus planos e intenções, porque fazes tanto segredo, escondendo teu encanto?
Mas eu entendo o teu medo. Não sei se é pra sempre. Pode ser pra nunca mais. Pode ser uma loucura, um frenesi.
Mas olha, você já não reparou que nada é em vão? Já pensou que pode ser amor?
Eu sei, eu já me perdi do contexto, mas toda vez que me sento pra escrever pra você é a mesma história: as palavras me escapam. Mas talvez, nessa bagunça de sentimentos e frases soltas, eu já tenha dito sem querer que amo mesmo você.
Seria muito melhor se eu conseguisse cantar uma canção e você compreendesse o que eu sinto.
Mas eu também não sei fazer música e se soubesse, seriam mil palavras bagunçadas com um ritmo diferente.
Eu te faria um tango, um bolero, quem sabe uma bossa. Mas tudo acabaria no mesmo samba...
No fim das contas, já que não consigo escrever o que sinto e não consigo cantar o que não minto,
Fico parado na sua frente, esperando que você leia os discursos do meu olhar!
Aposto que assim eu falo bonito à beça!
Só espero que um dia você possa me entender...
*Texto baseado na música "Sem Palavras"





Dê o play e ouça "Sem Palavras"





Pontilhado em Negrito

4 comentários:

BelaTeixeira disse...

Repito as palavras que usei pra indicar no face:
"Pq a Carol arrasa, não importa onde ela escreva. E eu amo fazer minhas as palavras dela."

Carol Rodrigues disse...

Carol Rodrigues curtiu isso =D

Tânia Macedo disse...

Vou acusar a Honey por plágio porque ela fez esse texto depois de ler os meus pensamentos. rsrs

Carol Rodrigues disse...

Façunão que plágio é crime. Do verbo: To lascada

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