por Matheus Lacerda
Felicidade Reinará em BH
Seria tudo muito melhor se a música falasse por si só. Pensei em mil palavras, e enfim nenhuma das palavras coube para classificar esse show. No dia nove de abril, algo marcante estava para acontecer na vida dos belo-horizontinos.
A ansiedade do público era grande, ainda mais para alguns que, como eu, estava ali pela primeira vez. Todos esperando a maior banda independente do Brasil subir ao palco e fazer o que ela sabe de melhor. Eis que vão entrando em cena, um por um. Todos os presentes no espetáculo, seja na pista ou arquibancada, ovacionavam-os. Até que os nove integrantes a postos começaram a performance de ‘Seria o Rolex?’. A doce dor, e até a amarga dor que alguém carregava naquele show foi escondida por trás de um sorriso, de uma alegria incontestável. Até quem estava lá e não conhecia a banda, foi cativada pela energia e sonoridade que cada um em cima do palco passava para o público.
‘Descomplica’ veio logo em seguida e cá pra nós, não é preciso complicar para dizer que a presença de palco da mobília iria entrar em contradição com ‘Swing Hum e Meio’, música tocada na sequência. Porque é difícil de comparar um show desses com qualquer outra apresentação já vista antes. Ainda mais que teve até Móveis cantando Raul! ‘Eu também vou reclamar’ era o nome da música, se contrapondo de novo com todos os presentes no show, que cantavam, pulavam e dançavam sem parar.
O ápice da interação Móveis-cupins talvez chegou na metade do show na música ‘Copacabana’, quando uma roda gigante formada pelo público se abriu na pista, e no centro dela, lá estava boa parte da mobília. Foi simplesmente incrível. E segundo o André, foi a roda mais bonita que eles já fizeram em Belo Horizonte. Eu nunca tinha visto algo como aquilo. Tudo andou em perfeito sincronismo, parecendo que foi até ensaiado.
Várias músicas de seus dois álbuns foram tocadas. Destaque para ‘Indiferença’, quando os instrumentos deram espaço para o coro de cada parte da arena. Até que chegou na hora do ‘Adeus’, literalmente. Esse adeus é o único que todos gostam de ouvir, porque em vez de trazer tristeza ou algo parecido, esse adeus renova as energias, onde tudo se transforma em único, uma só vez, uma só voz. E foi um adeus lindo, com direito a chuva de prata! Mas quem pensa que acabou por aí, se enganou. Ainda tocaram ‘Cão-guia’ e logo depois, chamaram de volta ao palco, a banda cômica e irreverente Pedra Letícia, onde todos cantaram ‘Se essa rua fosse minha’.
A receptividade é tão grande que após o término do show, mesmo muito cansados, todos descem do palco de novo para conversar, tirar fotos e dar autógrafos à todos os fãs presentes. Eu senti a falta apenas de um Café com leite, mas virou apenas mais um pretexto para que quando voltarem na capital mineira, eu estar presente mais uma vez.
Esse show fez parte da primeira edição do Via Nova Festival, um evento voltado para a nova vertente da música contemporânea brasileira, que traz ao palco diferentes bandas com suas inusitadas misturas de sons.
Não parece, mas realmente é de ficar sem palavras para descrever esse show. Muito obrigado à todos que fizeram desse show mais do que perfeito ser inesquecível. A felicidade reinou.
Sobre a autor... | |
---|---|
Nome: Matheus Lacerda Idade: 17 anos Show marcante: Chevrolet Hall em BH, o primeiro. Música preferida: Café com Leite "Vai correndo procurar tudo aquilo que almejou, já sabendo que ao voltar, o mundo será outro." Onde encontrar: Twitter |
Tweet
3 comentários:
Muito lindo, eu como uma boa cupim chorona me emocionei lembrando do meu primeiro show. Lindo mesmo!
Ahhh que lindo!!! =D
Show simplesmente incrível... Não foi meu primeiro, justamente pq fiquei encantada com essa energia contagiante de seus shows!! A atenção com os fãs é inexplicável, o q me torna cada vez mais apaixonada por essa banda!!!
Postar um comentário