Inversos: Sem Palavras | Mono, Poli

segunda-feira, 27 de junho de 2011



SEM PALAVRAS
(Móveis Coloniais de Acaju)

EU SEI QUE NADA TENHO A DIZER,
MAS ACABEI DIZENDO SEM QUERER
PALAVRA BANDIDA!
SEMPRE ARRUMA UM JEITO DE ESCAPAR (HUM!)
SERIA TUDO MUITO MELHOR
SE A MÚSICA FALASSE POR SI SÓ
DÁ RAIVA DA VIDA
NADA EXISTE SEM CLASSIFICAR (NÃO!)
PENSO, TENTO
ACHAR PALAVRAS PRO MEU SENTIMENTO
TANTO É POUCO, NADA DIZ
NÃO É TRISTE, NEM FELIZ
MESMO SENDO
UM PRANTO, UM CHORO OU QUALQUER LAMENTO
NADA IMPORTA, TANTO FAZ
SE É PRA SEMPRE OU NUNCA MAIS
PENSEI EM MIL PALAVRAS, E ENFIM
NENHUMA DAS PALAVRAS COUBE EM MIM
NÃO VEJO SAÍDA
COMO VOU DIZER SEM ME CALAR?
DIRIA MUDO TUDO O QUE FAZ
MINHA VIDA ANDAR DE FRENTE PARA TRÁS
UMA FRASE PERDIDA
NUM DISCURSO FEITO DE OLHAR
PENSO, TENTO
ACHAR PALAVRAS PRO MEU SENTIMENTO
TANTO É POUCO, NADA DIZ
NÃO É TRISTE, NEM FELIZ
MESMO SENDO
UM PRANTO, UM CHORO OU QUALQUER LAMENTO
NADA IMPORTA, TANTO FAZ
SE É PRA SEMPRE OU NUNCA MAIS
NÃO É MEDO, NEM É RISO
NÃO É RASO, NÃO É POUCO, NEM É OCO
NÃO É FATO, NEM É MITO
NÃO É RARO, NÃO É TOLO, NÃO É LOUCO
NÃO É ISSO, NÃO É ROUCO
NÃO É FRACO, NÃO É DITO, NÃO É MORTO
NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!
EU SEI QUE NADA TENHO A DIZER
PENSEI EM MIL PALAVRAS, E ENFIM
SERIA TUDO MUITO MELHOR
PENSEI
SERIA
SE UM DIA ALGUÉM PUDER ME ENTENDER






MONO, POLI
(Cesar Lopes)

NÃO DESEJO FRIAS
RESPOSTAS PRA MEUS VERSOS:
IMPREGNO AQUI
O ANTI-ENTENDIMENTO.

AS PALAVRAS (MONO,
POLI) NÃO SÃO SILA-
BÁTICOS VEÍCULOS
DE SENTIMENTOS...

SÃO OS PRÓPRIOS
NUMA VERBORRAGIA
DESATADA; TUDO
FOSSILIZADO EM NADA...

MEDO OCO
RISO RASO
FATO LOUCO
MITO RARO

PORQUE NO FINAL
NENHUMA POESIA VALE
MAIS QUE QUALQUER
RESQUÍCIO DE AMOR.



























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